ABNT NBR 9574 - Execução de Impermeabilização

Antonio Neves
Escrito por
Antonio Neves
Publicado em
12/9/2020
Atualizado em
18/1/2024
ABNT NBR 9574 - Execução de Impermeabilização

ABNT NBR 9574 - Execução de impermeabilização

Estamos aqui hoje para falar sobre mais uma norma técnica, a NBR 9574. Se você é do ramo da construção civil, sabe que é uma norma bastante conhecida, pois ela trata sobre a execução da impermeabilização, isto é, descreve os procedimentos que devem ser utilizados para obter um perfeito sistema impermeabilizante de acordo com cada tipo.

Nós, da Blok, sempre gostamos de ressaltar a importância de conhecer e aplicar os métodos desenvolvidos pelas normas, pois eles guiam todos os processos, considerando cada detalhe. Por isso, ao seguir as recomendações detalhadas nas normas, as chances de ter que enfrentar problemas tendem a ser menores, certo?

Por isso, nossa missão hoje é trazer a NBR 9574 para que você possa conhecer tudo sobre o processo de execução de impermeabilização. Em primeiro lugar, temos que entender do que ela trata, especificamente. Vamos aos conceitos iniciais que a NBR 9574 diz, ok?

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Qual é o escopo da NBR 9574?

A ABNT NBR 9574 estabelece as exigências e recomendações relativas à execução de impermeabilização para que sejam atendidas as condições mínimas de proteção da construção contra a passagem de fluidos, bem como a salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram.

Assim, a norma se aplica às edificações e construções em geral, em execução ou sujeitas a acréscimo ou reconstrução, ou ainda àquelas submetidas a reformas ou reparos.

Referências Normativas:

  • NBR 9575 - Impermeabilização - Seleção e Projeto
  • NBR 12170 - Potabilidade de Água Aplicável em Sistemas de Impermeabilização

Execução da impermeabilização:

Em primeiro lugar, temos que esclarecer que cada tipo de impermeabilização requer um tipo de execução. Por esse motivo, a norma dividiu em tópicos os processos de execução conforme o tipo de sistema impermeabilizante, separando em impermeabilização rígida e flexível. Então, seguindo a norma, vamos fazer da mesma maneira, certo?

Antes de começarmos a entender cada processo, a norma traz alguns conceitos gerais que devem ser considerados antes de qualquer procedimento, são eles: as áreas que requeiram estanqueidade devem ser totalmente impermeabilizadas; para os tipos de impermeabilização que requeiram substrato seco, a argamassa de regularização deve ter idade mínima de 7 dias; as superfícies sujeitas à água sob pressão positiva devem receber a impermeabilização na face de atuação da água.

Agora, vamos começar pelos sistemas de impermeabilização do tipo rígido e, depois, vamos para os do tipo flexível.

TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA

1. Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo

1.1) preparação do substrato:

O substrato deve se apresentar firme, coeso e homogêneo. Além disso, deve ser limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos. Os elementos transpassantes ao substrato devem ser previamente fixados.

O substrato também deve estar úmido, porém isento de filme ou jorro de água. Quando houver jorro de água, deve-se promover o tamponamento com cimento e aditivo de pega rápida.

1.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

O substrato deve ser umedecido e receber camada de chapisco de cimento e areia, traço 1:2, para servir de ponte de aderência entre o substrato e a argamassa impermeável com hidrófugo.

A argamassa deve ser preparada in loco e não deve ser industrializada, composta por areia, cimento Portland, aditivo hidrófugo e água potável.

A areia lavada deve ser granulometria de 0,075 mm a 3 mm, classificada como média, isenta de substâncias ou materiais argilosos.

O traço, o tipo de cimento e da areia e o tempo de manuseio devem ser conforme especificações do fabricante.

A argamassa impermeável deve ser aplicada de forma contínua, com espessura de 30 mm, sendo a aplicação em camadas sucessivas de 15 mm, evitando-se a superposição das juntas de execução.

A primeira camada deve ter acabamento sarrafeado, a fim de oferecer superfície de ancoragem para camada posterior, sendo a argamassa impermeável manualmente adensada contra a superfície para eliminar ao máximo o índice de vazios.

As duas camadas devem ser executadas no mesmo dia; caso contrário, a última camada deve ser precedida de chapisco.

Quando houver descontinuidade devido à interrupção de execução, a junta deve ser previamente chanfrada e chapiscada.

A última camada deve ter acabamento com uso de desempenadeira e a cura da argamassa deve ser no mínimo de 3 dias.

1.3) Proteção do tipo de impermeabilização:

Recomenda-se a proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.

2. Argamassa modificada com polímero

2.1) preparação do substrato:

A preparação do substrato deve ser feita conforme foi explicado no subitem 1.1. Volte lá para entender!

2.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

A argamassa a ser empregada deve ser preparada in loco, pela mistura de aglomerante, agregado e polímero.

O traço, o tipo de cimento e da areia, tempo de utilização da mistura e cura devem ser conforme especificações do fabricante.

O substrato de concreto, quando na horizontal, deve ser umedecido e receber camada de imprimação com uma composição de polímero e cimento Portland. O polímero deve ser previamente diluído em água de acordo com a especificação do fabricante do polímero.

A necessidade da realização da imprimação e sua metodologia devem ser conforme instruções do fabricante.

O substrato de concreto, quando na vertical, deve ser umedecido e receber camada de chapisco antes da aplicação da argamassa modificada com polímero.

O substrato de alvenaria deve ser umedecido e receber camada de chapisco antes da aplicação da argamassa modificada com polímero.

A espessura da argamassa modificada com polímero deve ser no mínimo de 1,0 cm.

Em áreas abertas ou sob incidência solar, promover a hidratação da argamassa modificada por no mínimo 72 horas.

2.3) Proteção do tipo de impermeabilização:

Não necessita de proteção em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.

3. Argamassa polimérica:

3.1) preparação do substrato:

A preparação do substrato deve ser feita conforme foi explicado no subitem 1.1. Volte lá para entender!

3.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Adicionar aos poucos o componente em pó ao componente resina e misturar homogeneamente, de forma manual ou mecânica, dissolvendo os possíveis grumos.

Uma vez misturados os componentes pó e resina, o tempo de utilização da mistura não deve ultrapassar o período recomendado pelo fabricante.

Aplicar sobre o substrato as demãos em sentido cruzado da argamassa polimérica, com intervalos de 2h a 6h entre as demãos, dependendo da temperatura ambiente. Caso a demão anterior esteja seca, molhar o local antes da nova aplicação.

Quando da utilização de armadura tipo tela, esta deve ser posicionada após a primeira demão e ser totalmente recoberta pelas demãos subsequentes.

Em áreas abertas ou sob incidência solar, promover a hidratação da argamassa polimérica por no mínimo 72 horas.

A dosagem, consumo, tempo de mistura e manuseio, ferramentas de aplicação, secagem entre demãos e cura devem seguir as recomendações do fabricante.

3.3) proteção do tipo de impermeabilização:

Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.

4. Cimento cristalizante para pressão negativa:

4.1) preparação do substrato:

O substrato deve ser de concreto e se encontrar firme, coeso e homogêneo. Além disso, deve ser limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.

O substrato deve estar saturado, porém deve estar isento de filme ou jorro de água. Na existência de jorro de água, promover o tamponamento com cimento e aditivo de pega rápida.

4.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Misturar em um recipiente o cimento com aditivo de pega-rápida com água, na proporção indicada pelo fabricante até formar uma pasta de consistência lisa e uniforme.

Aplicar uma demão com trincha, vassoura ou brocha.

Imediatamente sobre a camada de cimento com aditivo de pega rápida, ainda úmido, esfregar o cimento com aditivo ultra-rápido a seco sobre a superfície tratada, forte e repetidas vezes até que se forme uma camada fina de cor escura e uniforme.

Caso a água continue penetrando por algum ponto, repetir o tamponamento com cimento com aditivo ultra-rápido, até a obtenção da estanqueidade.

Aplicar de forma imediata uma demão de líquido selador, até que a superfície fique brilhante.

Imediatamente sobre o líquido selador, ainda brilhante, aplicar uma demão de pasta de cimento com aditivo de pega rápida preparada conforme procedimento anterior.

Aguardar 20 minutos e dar outra demão de cimento com aditivo de pega rápida no sentido cruzado em relação à demão anterior.

A dosagem, consumo, tempo de mistura e manuseio, ferramentas de aplicação, secagem entre demãos e cura devem seguir as recomendações do fabricante.

4.3) proteção do tipo de impermeabilização:

Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.

5. Cimento modificado com polímero:

Deve-se seguir os mesmos procedimentos que citamos no tópico de argamassa polimérica. Volte para lá!

6. Membrana epoxídica:

6.1) preparação do substrato:

Tanto para água sob pressão negativa como positiva, o substrato deve estar firme, coeso e homogêneo. Além disso, deve estar limpo, seco, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falha e ninhos.

6.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Adicionar aos poucos os componentes endurecedor e resina e misturar homogeneamente, de forma mecânica ou manual.

Uma vez misturados os componentes, o tempo de utilização da mistura não deve ultrapassar o tempo de manuseio.

Aplicar sobre o substrato as demãos, com intervalo máximo de 24 horas entre as demãos. Caso ultrapasse o intervalo máximo, promover lixamento superficial.

Quando da utilização de armadura tipo tela, esta deve ser posicionada após a primeira demão e ser totalmente recoberta pelas demãos subsequentes.

A dosagem, consumo, tempo de mistura e manuseio, ferramentas de aplicação, secagem entre demãos e cura devem seguir as recomendações do fabricante.

6.3) proteção do tipo de impermeabilização:

Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.

TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL

Concluímos os procedimentos de execução dos impermeabilizantes dos tipos rígidos. Agora, vamos entender como se dão os processos dos tipos de impermeabilização flexível. Vamos, lá?

7. Membrana de asfalto modificado sem adição de polímero

7.1) preparação do substrato:

O substrato deve se encontrar firme, coeso, seco, regular, com declividade nas áreas horizontais de no mínimo 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas, é permitido o mínimo de 0,5%. Os cantos devem estar em meia cana e as arestas arredondadas.

Além disso, o substrato deve estar limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.

7.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha, de forma homogênea, aguardando sua total secagem.

Aquecer o asfalto de forma homogênea em equipamento adequado numa temperatura compreendida entre 190˚C a 220˚C.

Aplicar uma demão do asfalto aquecido com o uso de meada de fios de juta. Estender o estruturante com sobreposição mínima de 10 cm, aplicando sobre este as demãos necessárias de asfalto aquecido até sua saturação. Havendo mais de um estruturante, repetir o procedimento.

O consumo, a secagem entre demãos, ferramentas e instruções de segurança devem seguir as recomendações do fabricante.

7.3) proteção do tipo de impermeabilização:

Deve haver proteção quando sujeita à incidência dos raios ultravioleta e proteção mecânica estruturada com tela de fios de arame galvanizado ou plásticos nas áreas verticais. Nas horizontais, a proteção mecânica armada ou não deve ser executada sobre camada separadora e ou drenante, nos locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.

8. Membrana de asfalto modificado com adição de polímero

8.1) preparação do substrato:

A preparação do substrato deve ser feita como no tópico 7.1. Dê uma olhada lá.

8.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

A aplicação se dá como no tópico anterior também, no 7.2, porém a temperatura deve permanecer entre 160˚C e 180˚C.

8.3) proteção do tipo de impermeabilização:

A proteção segue o mesmo descrito no tópico 7.3.

9. Membrana de emulsão asfáltica

9.1) preparação do substrato:

A preparação do substrato deve ser feita como no tópico 7.1. Dê uma olhada lá.

9.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha, de forma homogênea, aguardando sua total secagem.

Aplicar uma demão com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha, de forma homogênea, e estender o estruturante com sobreposição mínima de 10 cm. Aguardar a secagem. Aplicar as demãos subsequentes, respeitando o tempo de secagem, até atingir o consumo recomendado e garantindo o total recobrimento do estruturante. Havendo mais de um estruturante, repetir o procedimento.

O consumo, a secagem entre demãos, ferramentas e instruções de segurança devem seguir as recomendações do fabricante.

9.3) proteção do tipo de impermeabilização:

A proteção segue o mesmo descrito no tópico 7.3.

10. Membrana de asfalto elastomérico em solução

10.1) preparação do substrato:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 7.1. Volte para lá!

10.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 9.2.

10.3) proteção do tipo de impermeabilização:

A proteção segue o mesmo descrito no tópico 7.3.

11. Membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado

11.1) preparação do substrato:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 7.1. Volte para lá!

11.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 9.2.

11.3) proteção do tipo de impermeabilização:

Não se aplica, para aplicar proteção à incidência dos raios ultravioletas de uma demão de policloropreno e polietileno clorossulfonado.

12. Membrana elastomérica de polisobutileno isopreno (I.I.R), em solução

12.1) preparação do substrato:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 7.1. Volte para lá!

12.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 9.2.

12.3) proteção do tipo de impermeabilização:

A proteção segue o mesmo descrito no tópico 7.3.

13. Membrana elastomérica de estireno-butadieno-estirereno (S.B.S)

13.1) preparação do substrato:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 7.1. Volte para lá!

13.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 9.2.

13.3) proteção do tipo de impermeabilização:

A proteção segue o mesmo descrito no tópico 7.3.

14. Membrana elastomérica de estireno-butadieno-ruber (S.B.R)

14.1) preparação do substrato:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 7.1. Volte para lá!

14.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha, de forma homogênea, aguardando sua total secagem caso o substrat se encontre úmido.

Aplicar a demão com rolo de lã de carneiro, rodo ou com equipamento mecânico, de forma homogênea. Caso necessário, estender o estruturante com sobreposição mínima de 10 cm e aplicar a (s) demão (s) subsequente, até atingir o consumo recomendado e garantindo o total recobrimento do estruturante. Havendo mais de um estruturante, repetir o procedimento.

O consumo, a secagem entre demãos, ferramentas e instruções de segurança devem seguir as recomendações do fabricante.

14.3) proteção do tipo de impermeabilização:

A proteção segue o mesmo descrito no tópico 7.3.

15. Membrana de poliuretano

15.1) preparação do substrato:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 7.1. Volte para lá!

15.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Havendo mais de um componente, adicioná-los, misturando homogeneamente, de forma mecânica ou manual. Uma vez misturados os componentes, o tempo de utilização da mistura não deve ultrapassar o tempo de manuseio. Aplicar sobre o substrato, caso necessário, uma demão de imprimação e aguardar secagem. Da utilização de estruturante, este deve ser posicionado após a primeira demão do produto e ser totalmente recoberto pelas demãos subsequentes.


A dosagem, consumo, tempo de mistura e manuseio, ferramentas de aplicação, secagem entre as demãos e cura devem seguir as recomendações do fabricante.

15.3) proteção do tipo de impermeabilização:

Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.

16. Membrana de poliuretano modificado com asfalto

16.1) preparação do substrato:

Deve-se seguir o mesmo procedimento descrito no tópico 7.1. Volte para lá!

16.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Seguir o procedimento descrito em 14.2.

16.3) proteção do tipo de impermeabilização:

A proteção segue o mesmo descrito no tópico 7.3, exceto para membranas com resistência contra raios ultravioleta.

17. Membrana de polímero com cimento

17.1) preparação do substrato:

Além das condições já descritas no tópico 7.1, o substrato deve estar úmido, porém deve estar isento de filme ou jorro de água. Também, os elementos transpassantes ao substrato devem ser previamente fixados.

17.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Adicionar aos poucos o componente pó ao componente resina e misturar homogeneamente, de forma manual ou mecânica, dissolvendo os possíveis grumos.

Uma vez misturados os componentes pó e resina, o tempo de utilização da mistura não deve ultrapassar o período recomendado pelo fabricante.

De acordo com a recomendação do fabricante ou projetista, posicionar o estruturante após a primeira demão. Aplicar as demãos subsequentes.

A mistura, consumo, tempo de manuseio, ferramentas, secagem entre demãos, cura e instruções de segurança devem seguir as recomendações do fabricante.

17.3) proteção do tipo de impermeabilização:

A proteção segue o mesmo descrito no tópico 7.3.

18. Membrana acrílica

18.1) preparação do substrato:

O substrato deve se encontrar firme, coeso, seco, regular, com declividade nas áreas horizontais de no mínimo 2% em direção aos coletores de água. Cantos devem estar em meia cana e as arestas arredondadas.

Também deve estar limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.

18.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha de forma homogênea, aguardando sua total secagem, podendo ser um cimento modificado com polímero, uma argamassa polimérica ou o próprio produto diluído, conforme as recomendações do fabricante.

Aplicar uma demão com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha, de forma homogênea e estender o estruturante com sobreposição mínima de 10 cm. Aguardar a secagem. Aplicar as demãos subsequentes, respeitando o tempo de secagem, até atingir o consumo recomendado e garantindo o total recobrimento do estruturante.

O consumo, a secagem entre demãos, ferramentas e instruções de segurança devem seguir as recomendações do fabricante.

18.3) proteção do tipo de impermeabilização:

A membrana acrílica deve ficar exposta.

19. Mantas asfálticas

19.1) preparação do substrato:

O substrato deve ser preparado conforme procedimento descrito no tópico 7.1.

19.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha de forma homogênea, aguardando sua total secagem, exceto para os casos de mantas não aderidas ao substrato.

Recomenda-se que a aplicação das mantas asfálticas seja efetuada em temperaturas ambientes acima de 5˚C, salvo orientação específica do fabricante.

Desenrolar as bobinas, alinhando-as e rebobinando-as novamente, sobre o substrato a ser impermeabilizado.

O consumo, manuseio, ferramentas e instruções de segurança devem seguir as recomendações do fabricante.

a) Aplicada com chama de maçarico a GLP:

O maçarico a ser utilizado na aplicação deve ser com gatilho controlador de chama, haste de 50 cm, bocal de 2". Direcionar a chama do maçarico de forma a aquecer simultaneamente o substrato imprimado e a face de aderência da manta. Pressionar a manta do centro em direção às bordas, de forma a expulsar eventuais bolhas de ar. As sobreposições devem ser de no mínimo 10 cm, executando o selamento das emendas com roletes, espátulas ou colher de pedreiro de pontas arredondadas.

Adotar os cuidados necessários para que a intensidade da chama não danifique a manta asfáltica e proporcione a adequada aderência da manta ao substrato.

b) Aplicada com asfalto a quente:

Aquecer o asfalto de forma homogênea em equipamento adequado numa temperatura compreendida entre 180°C a 220 °C para o asfalto sem a adição de polímeros e 160 °C a 180 °C para o asfalto com a adição de polímeros. Aplicar uma demão do asfalto aquecido na temperatura mínima de 160 °C, com o uso de meada de fios de juta, no substrato imprimado numa distância máxima de 1,00 m à frente da bobina. O asfalto deve ser aplicado no substrato e face inferior da bobina. Pressionar a manta do centro em direção às bordas, de forma a expulsar eventuais bolhas de ar. As sobreposições devem ser de no mínimo 10 cm, executando o selamento das emendas através da aplicação de banho de asfalto, com o uso de meada de fios de juta, pressionando as emendas com roletes, espátulas ou colher de pedreiro de pontas arredondadas.

c) Aplicada com adesivos:

Aplicar uma camada homogênea de adesivo no substrato imprimado e na face da manta asfáltica a ser aderida ao substrato. Aguardar o tempo de pega do adesivo e pressionar a manta contra o substrato, pressionando do centro em direção às bordas, para eliminação das eventuais bolhas de ar. As sobreposições devem ser de no minimo 10 cm, executando o selamento das emendas com roletes, espátulas ou colher de pedreiro de pontas arredondadas.

d) Auto-adesivas:

Remover o elemento antiaderente, promovendo a adesão inicial ao substrato, e continuar o processo removendo o filme e aderindo a manta simultaneamente. Executar o processo lentamente e pressionar do centro em direção às bordas, de forma a expulsar eventuais bolhas de ar. As sobreposições devem ser de no mínimo 10 cm, pressionando as emendas fortemente com roletes metálicos.

19.3) Proteção do tipo de impermeabilização:

a) Promover proteção mecânica estruturada com tela de fios de arame galvanizado ou plásticos nas áreas verticais. Nas horizontais, a proteção mecânica, armada ou não, deve ser executada sobre camada separadora e/ou drenante, nos locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.

b) Promover proteção contra raios ultravioleta, exceto para as mantas autoprotegidas.

20. Manta de policloreto de vinila (PVC)

20.1) preparação do substrato:

O substrato deve se encontrar firme, coeso, seco, regular, limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos, com declividade nas áreas horizontais de no mínimo 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5 %. Cantos devem estar em meia cana e as arestas arredondadas. No caso de superficie irregular onde não seja possível a execução de uma camada de regularização, deve ser utilizada uma camada berço.

20.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Abrir os rolos ou painéis de mantas de policloreto de vinila (PVC). As sobreposições devem ser de no mínimo 10 cm, executando o selamento das emendas através de soldagem química ou termofusão, com sobreposição de 5 cm (cordão simples ou duplo). O consumo, manuseio, ferramentas, equipamentos, fixações mecânicas e instruções de segurança devem ser conforme recomendações do fabricante. Executar as fixações mecânicas e compartimentações com os acessórios determinados pelo fabricante.

20.3) proteção do tipo de impermeabilização:

a) Promover proteção mecânica estruturada com tela de fios de arame galvanizado ou plástico nas áreas verticais. Nas horizontais, a proteção mecânica, armada ou não, deve ser executada sobre camada separadora e/ou drenante, nos locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.

b) Promover proteção contra raios ultravioleta, exceto para as mantas com resistência aos raios ultravioleta.

21. Manta de polietileno de alta densidade (PEAD)

21.1) preparação do substrato:

Seguir os procedimentos descritos em 20.1.

21.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Desenrolar as bobinar alinhando-as sobre o substrato a ser impermeabilizado. Executar as soldas, que podem ser dos tipos: soldagem química com sobreposição mínima de 7,5 cm ou termofusão com sobreposição de 10 cm (cordão simples ou duplo). O consumo, manuseio, ferramentas, equipamentos, fixações mecânicas e instruções de segurança devem ser conforme recomendações do fabricante.

21.3) proteção do tipo de impermeabilização:

Promover proteção mecânica estruturada com tela de fios de arame galvanizado ou plástico nas áreas verticais. Nas horizontais, a proteção mecânica, armada ou não, deve ser efetuada nos locais onde exista a possibilidade de agressão mecânica.

22. Manta elastomérica de etileno-dieno-monômero- EPDM

22.1) preparação do substrato:

Seguir os procedimentos descritos em 20.1.

22.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Aplicar umademão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha, de forma homogênea, aguardando sua total secagem, exceto para os casos de mantas não aderidas ao substrato. Abrir os rolos de mantas de etileno-propileno-dieno-monômero (EPDM), alinhando-os.

As sobreposições devem ser de no mínimo 5 cm, executando as emendas através de aplicação de monoadesivo e fita de caldeação.

O consumo, manuseio, ferramentas, equipamentos, fixações mecânicas e instruções de segurança devem ser conforme recomendações do fabricante.

22.3) Proteção mecânica:

Seguir os procedimentos descritos em 20.3.

23. Manta elastomérica de poliisobutileno isopreno (IIR)

23.1) preparação do substrato:

Seguir os procedimentos descritos em 20.1.

23.2) aplicação do tipo de impermeabilização:

Seguir os procedimentos descritos em 21.2.

23.3) proteção mecânica:

Seguir os procedimentos descritos em 21.3.

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Hoje, nós trouxemos aqui a NBR 9574 para que você fique sabendo como devem ser realizados os procedimentos de execução da impermeabilização de acordo com cada tipo, sendo ela dividida em rígida e flexível. Então, antes de iniciar os trabalhos, consulte este artigo, para garantir melhores resultados e evitar problemas futuros! As normas estão aí para serem consultadas e seguidas! Por isso, tenha elas em mãos antes de iniciar qualquer trabalho. E, se precisar, conte com a Blok para qualquer desafio. Até a próxima!

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